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9/12/2013 - Sorocaba - SP

A leitura como caminho de desenvolvimento




da assessoria de imprensa da Prefeitura de Sorocaba

Especialista na Educação na Primeira Infância, com reconhecimento pelo seu trabalho de estímulo ao desenvolvimento cognitivo por meio da leitura desde a gestação, Alma Carrasco fará oficinas de formação a profissionais da Sedu.

Sentir a textura, apreciar o cheiro, encantar-se com as cores, descobrir que nem sempre o limão é verde e a laranja é laranja. Esses são algumas das emoções que os sentidos trazem às crianças quando se deparam com um livro.

Ao menos com Maísa, de 4 anos é assim.

Sempre estimulada à leitura, ela ainda não conhece as letras e nem sabe formar palavras, mas já desenvolve uma linguagem peculiar dos pequenos que vivenciam as descobertas com alegria. É 'culpa' do irmão João Paulo, de 9 anos. Depois de começar a frequentar a EM Matheus Maylasky, se apaixonou pela biblioteca e não parou de levar livros para casa. Resultado, Maísa também quer "ler". E isso é possível, segundo as pesquisas e trabalhos da educadora mexicana, Alma Carrasco: Maísa lê aquilo que lhe é compatível, lê o universo de acordo com as cores que pintam a sua história. E, conforme a mãe, Marineide Smanioti de Souza, numa verdadeira aquarela.

Maísa foi uma das visitantes ao projeto piloto da 'Bebeteca' sorocabana, exposta aos participantes do 15º Seminário Internacional de Educação, que acontece na Universidade de Sorocaba (Uniso) neste final de semana (7 e 8). Ela acompanhou a mãe, que levou outro irmão a uma sessão de fisioterapia no local, e foi atraída por tantos brinquedos gigantes pelo gramado e uma tenda em especial, recheada de livros.

Em pé, deitada, sentada, abrindo e fechando os exemplares, checando as páginas cheias de recortes e desenhos, ali ela se permitiu envolver por um mundo muito próprio: o de saber-se sabida. "É uma banana (que soou como manana)", disse logo de cara ao identificar o desenho. E do que ela mais gosta no livro de frutas? Do morango. E que tem cheiro que fica na ponta dos dedinhos.

É de pequenino...

E é esse tatear, de extensões que vão além das mãos, que será apresentado a 210 professores, auxiliares e gestores da Secretaria da Educação (Sedu), na próxima semana, de segunda à quarta-feira (9,10 e 11) na Escola Municipal "Duljara Fernandes Oliveira", no Jardim Santo Amaro.

Por meio de oficinas, a professora Alma Carrasco da Universidade Autônoma de Puebla, no México e Angélica López, do Consejo Puebla de Lectura, vão ensinar e mostrar o "Ler com bebês: acervos, entornos e mediadores que possibilitam novas práticas de leituras em família e sociedade", base do projeto Bebeteca, desenvolvido há cinco anos naquele país. De acordo com ela, que foi conferencista neste sábado (7) do 15º Seminário Internacional de Educação, o estímulo à leitura deve começar ainda no ambiente uterino, com a mãe lendo em voz alta para o bebê . O processo deve continuar após o nascimento, de forma a que, entre os três e seis meses de vida, momento de intensidade sináptica, a criança apreenda o gosto pela leitura, num mecanismo de reforço aquilo que já experimentou dentro da barriga da mãe. Uma construção que permanecerá pela vida e que se traduz em relações saudáveis dentro do seu contexto social.

A proposta é parte do processo de formação contínua instituída pelo secretário da Educação, José Simões de Almeida Junior; para quem a infância é a base de todo o desenvolvimento.

O evento atenderá aos participantes em dois períodos das 8h às 12h e das 13h30 às 17h30.



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