10/11/2014 - Sorocaba - SP
da assessoria de imprensa da Câmara de Vereadores de Sorocaba
Além das exposições, será realizada uma apresentação de capoeira e uma roda de Candomblé
Nesta segunda-feira (10), às 19h30, a Prefeitura de Sorocaba abre a exposição de quadros “Dandara, uma guerreira em mim”, da artista plástica Elaine Souza, e a exposição de roupas “Aso dos Orisás”, ambas na Biblioteca Municipal “Jorge Guilherme Senger”, no Alto da Boa Vista. Orisá é a tradução iorubá do termo orixá.
Promovidas pela Coordenadoria da Igualdade Racial da Secretaria de Desenvolvimento Social (Sedes), em parceria com o Conselho Municipal de Participação de Desenvolvimento da Comunidade Negra (CMPDCN), as exposições fazem parte da programação especial em comemoração ao Dia da Consciência Negra, lembrado no dia 20 de novembro, e têm como objetivo estimular a reflexão sobre a inserção do negro na sociedade brasileira e valorizar a cultura.
Além das exposições, será realizada uma apresentação de capoeira, organizada pelo Mestre Biro da Capoeira Nacional,
e uma roda de Candomblé, com alguns Omo Orisa (filhos de orisá) vestidos de Ogum; Yansã, Osum, Yemonja, Osala e Omolu.
As exposições poderão ser conferidas gratuitamente até o dia 14 de novembro, das 9h às 16h30. A Biblioteca Municipal fica na Rua Ministro Coqueijo Costa, 180, Alto da Boa Vista - ao lado do Paço Municipal.
Para conferir a exposição completa do Mês da Consciência Negra, acesse o site http://sorocaba.sp.gov.br/consciencia-negra.
Sobre a exposição de quadros
A exposição “Dandara, uma guerreira em mim” contará com 15 quadros da artista plástica Elaine Souza, de 45 anos, que retratam a mulher negra. “Há dois anos eu pinto e essa será a segunda vez que vou expor meu trabalho. Estou muito feliz, ainda mais que boa parte desses quadros eu já consegui vender”, comenta. Elaine também trabalha como secretária do Projeto “Quilombinho”.
A artista plástica ainda explica que não escolheu à toa o título de sua exposição. Dandara foi uma guerreira negra, esposa de Zumbi dos Palmares, líder da revolução do Quilombo dos Palmares, um marco da luta pelos direitos dos negros no país. “Me sinto assim, com a força de Dandara, uma mulher negra que está vencendo na vida”, afirma.
Sobre as roupas de Orisás
Já na exposição “Aso dos Orisás”, o público poderá conferir roupas e paramentas de oito orixás: Omolu (senhor das doenças), Osoosi (orisá da caça e da fartura); Ogum, (orisá da guerra); Osala (orisá associado à criação do mundo e da espécie humana); Ossãe (orisá das ervas medicinais); Osum (orisá feminino das águas doces, dos rios e cachoeiras, da riqueza, do amor, da prosperidade e da beleza); Yemonja (orisá muito respeitada e cultuada tida como mãe de quase todos os orisás, por isso a ela também pertence a fecundidade); e Sangó (orisá dos raios, trovões e do fogo).
O Candomblé é uma religião que crê em um único Deus como criador de tudo que existe, chamado Olorum, criador do céu (Orun) e da terra (Ayé) e de todos os orixás que governam aspectos singulares dessa ampla e complexa coexistência do mundo espiritual e material. No Brasil, cultua-se 16 Orisás.
A exposição tem como objetivo mostrar que as manifestações e uso das roupas em terreiros de candomblé por Orisás, ou por seus filhos, tem forte influência no cotidiano com o uso das suas cores, brilhos, laços no cabelo, brincos e pulseiras, entre outros adereços que ornamentam homens e mulheres. Enquanto religião, o Candomblé é rico em cantigas e danças, além de ser alegre e com muita energia, onde existe prosperidade, amigos e família, não descriminando pessoas por sexo, raça ou cor.
A mostra conta com a colaboração de Awo Olorisa Beto Osoosi do Egbe La Igbo Onira, da Casa de Oxumaré, e de Baba Nivaldo de Logun-Ede, da Casa de Oxumaré.
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