18/2/2014 - Sorocaba - SP
da assessoria de imprensa da Prefeitura de Sorocaba
O lançamento da pedra fundamental da unidade da Toyota em Porto Feliz é um indicador importante de que o desenvolvimento econômico da futura Região Metropolitana de Sorocaba não ficará concentrado em nossa cidade, tendendo a beneficiar vários centros urbanos e rurais da Região.
Isso não significa que cada um dos municípios – dos que deverão integrá-la – venha a tornar-se necessariamente um pequeno polo industrial. Eles têm vocações diferentes e o mais lógico é que cada um busque recursos que reforcem os setores em que têm maiores possibilidades de destacar-se.
O fundamental é que tenhamos, em cada um deles, atividades econômicas e estrutura de prestação de serviços capazes de oferecer, aos seus jovens, possibilidades de emprego e desenvolvimento profissional capazes de fixa-los em suas cidades de origem.
Sorocaba, fiel à sua tradição histórica, mantém suas portas abertas aos migrantes de todas as procedências. Entretanto, não se pode ignorar que a nossa zona urbana tem hoje extensão considerável. Cortar o município de extremo a extremo é uma pequena viagem e demanda cada vez mais tempos dos que fazem tal deslocamento.
O Município vem fazendo investimentos pesados em saúde, educação, saneamento e mobilidade urbana no sentindo de manter a qualidade de vida da população, onde ela já é boa, e melhorá-la onde não alcança ainda os níveis desejáveis.
De todo modo, há boas razões para acreditar que semear focos de desenvolvimento econômico em toda a Região Metropolitana permitirá às Prefeituras de cada cidade solucionar, mais rapidamente e a um custo muito menor, às demandas de emprego, moradia, educação, saúde e saneamento básico de seus moradores.
A função de Sorocaba será, além de cuidar de seus próprios moradores, a de funcionar como referência para a região. Não é viável implantar, em cada município, um hospital capaz de realizar cirurgias grandes e complexas. É perfeitamente possível, entretanto, provê-los de unidades básicas de saúde que resolvam a maioria dos problemas de seus habitantes, repassando os casos mais difíceis às unidades de referência – desde, é claro, que estas funcionem a contento.
Importante, igualmente, que tenhamos unidades de ensino técnico e superior numa multiplicidade de municípios da Região Metropolitana e que os jovens encontrem, em cidades próximas ou em Sorocaba centros de excelência em que possam aprofundar a sua formação nas diferentes modalidades de pós-graduação.
Para tudo isso, é indispensável reforçar a base econômica dos municípios, seja ela representada pela indústria, agronegócio ou comércio e serviços.
O insucesso dos sucessivos governos paulistas em criarem condições de avanço para o Sudoeste e o Vale do Ribeira transformaram essas duas áreas nas últimas fronteiras do desenvolvimento de nosso Estado.
O Sudoeste, apesar de fragilidade de sua infraestrutura econômica foi obrigado a suportar os encargos, enormes, de mudanças cíclicas do agronegócio, como a transformação do Paraná de centro produtor de café – cultura que absorvia grande quantidade de mão de obra – em produtor de soja.
Uma consequência do efeito conjugado da ausência de investimentos estruturais e da expulsão dos antigos trabalhadores do café no Norte do Paraná é que boa parte dos municípios do sudoeste paulista invariavelmente ocupam os últimos lugares no ranking de desenvolvimento do Estado.
Que é preciso mudar isso, sabe-se há muito. A novidade é que, com a presença da Toyota em Porto Feliz dá-se um passo à frente na concretização da mudança.
*Artigo publicado pelo jornal Diário de Sorocaba em 16 de fevereiro de 2014
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