11/7/2013 - Sorocaba - SP
da assessoria de imprensa da Prefeitura de Sorocaba
A pessoa que gasta mais do que ganha e assume compromissos financeiros que comprometem, por um longo período, parte substancial de seus ganhos, logo se vê em dificuldades. Descobre que não é fácil, ao mesmo tempo, quitar as parcelas da dívida e atender às despesas de manutenção da casa.
Ajustar a despesa às possibilidades da receita é um princípio válido tanto para a vida das pessoas quanto para o Poder Público. Uma providência importante, visando alcançar esse objetivo, é conter a proliferação de órgãos governamentais que, de uns tempos para cá, vem ocorrendo na vida do Brasil.
Longe de concorrer para que a máquina pública atinja sua finalidade de atender as aspirações dos governados, a multiplicação de tais organismos acaba protelando medidas deveriam ser adotadas prontamente.
Isso ocorre por motivos fáceis de entender.
Cada órgão novo que se cria – ou se mantém desnecessariamente - reclama uma estrutura constituída por espaços, equipamentos e funcionários, elevando as despesas de custeio do governo. Nisso se consomem recursos que seriam mais bem empregados no atendimento dos reclamos essenciais da população: mais e melhores escolas, creches e serviços de saúde, implantação e manutenção de vias públicas, aprimoramento do transporte coletivo e assim por diante.
O inchaço da máquina pública tem ainda o inconveniente de dificultar sua condução. A reunião do chefe de governo com seus auxiliares imediatos – que deve ser parte da rotina administrativa – torna-se algo difícil de operacionalizar quando estes são em número muito elevado. Hoje, no Brasil, uma reunião da presidenta com todos os seus ministros, coisa que deveria fazer parte do cotidiano do governo, tornou-se um fato incomum. Merece registro nos jornais, não pelo conteúdo do encontro e pelas medidas nele adotadas, mas pelo evento em si.
Agilizar o desempenho da estrutura administrativa e cortar despesas que podem ser evitadas, sem qualquer prejuízo para os interesses da população, é imperativo para o País.
Vivemos, inegavelmente, uma conjuntura adversa. Ela obriga o Brasil a se repensar e a encarar sua realidade, que tem pontos nada agradáveis. Descobrimos que a autossuficiência na produção de petróleo, anunciada há alguns anos, com fanfarras e clarins, não existe. Na verdade, um dos fatores que mais vem onerando a balança comercial brasileira são as importações de petróleo e até mesmo de derivados, como a gasolina.
Sorocaba vive um excelente momento. Isso, porém, não nos protege totalmente contra os impactos que alcançam a economia nacional, embora eles sejam sentidos aqui em menor escala.
A conjuntura difícil é apenas uma das razões, emergente e, creio eu, temporária, para que o município encete uma séria reforma administrativa.
Os principais motivos determinantes da reestruturação são a busca da excelência no desempenho da máquina da Prefeitura, a melhoria da qualidade do gasto público e a contenção de despesas desnecessárias. Em seu conjunto, tais providências permitirão que tenhamos maior capacidade de investir no que é indispensável e evitará que, no médio prazo, o município se inviabilize economicamente.
*Artigo originalmente publicado pelo jornal Diário de Sorocaba no último domingo (7 de julho de 2013)
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