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6/11/2013 - Sorocaba - SP

Em evento da Febraban e ABECS, presidente da APAS defende tarifa fixa sobre as transações




da assessoria de imprensa OS2 Comunicação

João Galassi reconhece os benefícios dos meios eletrônicos de pagamentos, mas reitera a necessidade de se equilibrar as taxas cobradas em prol da maior competividade do setor do varejo

 

São Paulo, 6 de novembro de 2013 – No dia 30 de outubro, o presidente da Associação Paulista de Supermercados (APAS), João Galassi, participou do 8º CMEP - Congresso de Meios Eletrônicos de Pagamento, organizado pela Associação Brasileira das Empresas de Cartões de Crédito e Serviços (ABECS) e pela Federação Brasileira de Bancos (Febraban), no Transamérica Expo Center, em São Paulo. João Galassi participou do painel “Custo das Transações em Dinheiro no Mundo e no Brasil”, que, mediado pelo vice-presidente do Bradesco, Domingos Abreu, contou com as presenças do presidente da Cielo, Rômulo de Mello Dias; do palestrante Carlos Menendez, executivo Global de Crédito e Débito da MasterCard Worldwide; do deputado federal Guilherme Campos e do presidente-diretor da bandeira de cartões Elo, Jair Scalco.

 

O deputado federal Guilherme Campos enalteceu o crescimento do setor (que engloba cartões de crédito, débito e alimentação), porém, cobrou maior transparência para os consumidores no que diz respeito às transações. “Eu bato na tecla de os consumidores terem ciência dos custos no uso dos meios eletrônicos de pagamentos. Além disso, o ideal seria uma diferenciação dos preços para quem paga em papel-moeda, cartão de débito ou crédito, pois assim o consumidor faria a decisão do que lhe é mais conveniente, seja preço menor, sorteios ou milhagem oferecida pelas bandeiras de cartões”, afirma.

 

O presidente da APAS, João Galassi, fez questão de agradecer o convite para participar do debate, além de elogiar os benefícios dos meios eletrônicos de pagamentos, tais como maior segurança e comodidade aos consumidores. “O dinheiro também tem custo. Recentemente, o Jornal Nacional, da TV Globo, exibiu uma matéria focada no fato de o Brasil perder mais de R$ 56 bilhões anuais por conta da destruição do papel-moeda. Portanto, o setor dos meios eletrônicos de pagamentos é de ponta no Brasil, eficiente e que investe muito”, afirma.  Porém, o presidente faz o contraponto. “O papel-moeda tem muita importância ainda no comércio, principalmente para o pagamento de pequenos valores”.

 

Além de seguir a linha de raciocínio do deputado federal Guilherme Campos, no que diz respeito à maior transparência, o presidente da APAS se posicionou contra as taxas que incidem sobre as transações realizadas com cartão de débito, uma vez que o percentual é cobrado de forma indiscriminada - independente do valor da compra. “As maiores taxas acabam incidindo nos pequenos e médios, que, por sinal, acabam sendo os responsáveis pelo lucro das empresas do sistema financeiro. Portanto, é um processo injusto”, afirma. Neste cenário, João Galassi defende que cada transação efetuada com cartões de débito seja acompanhada por uma tarifa fixa e não uma taxa sobre o percentual da mesma, prática atual. “Independente do valor da compra - seja R$ 5,00 ou R$ 50,00 -, o custo é o mesmo, então não justifica a cobrança de uma taxa sobre percentual por valor”, complementa.

 

Para exemplificar a viabilidade do cenário descrito acima, o deputado federal Guilherme Campos citou um convênio da Receita Federal com as operadoras de cartões, no qual os pagamentos de impostos realizados nas alfândegas dos aeroportos, por meio de cartões de débito, tiveram taxa fixa de R$ 0,40 - o que, segundo ele, seria o ideal para toda a indústria. “Esta é a reinvindicação do setor do varejo, ao invés de ser cobrado um percentual sobre a transação”, explica. O presidente João Galassi complementa. “É o ideal para todo mundo, porém, só acontece com o Governo”.

 

Por fim, o presidente da APAS vê claramente a grande utilidade dos meios eletrônicos de pagamentos, no qual define como “um alívio e um grande benefício para os varejistas e, por consequência, aos consumidores, que ganham mais opções de compras”. Entretanto, esse processo deve ser benéfico para todas as partes envolvidas – bandeiras de cartões, comerciantes e consumidores. “Temos que equilibrar esta conta para que todos possam competir de forma digna no setor, pois a concentração de players não é benéfica para ninguém”, conta.

 

Sobre a APAS – A Associação Paulista de Supermercados representa o setor supermercadista no Estado de São Paulo e busca integrar toda a cadeia de abastecimento. A entidade conta com 1,2 mil associados, que somam 2,7 mil lojas. 



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