8/2/2012 - Sorocaba - SP
da assessoria de imprensa
No show que estreia em fevereiro, a ideia é homenagear grandes nomes do samba paulista. Além das canções já conhecidas pelo público, repertório também trará canções inéditas
“Compartilhar o palco com essa figura emblemática e de tamanha generosidade como pessoa é o maior aprendizado que um artista pode ter”. Assim, a cantora sorocabana Marcia Mah expressa a sua alegria por cantar ao lado de Osvaldinho da Cuíca, seu companheiro no show “Samba Interior” que estreia no próximo dia 24 de fevereiro, às 20h, no Parque dos Espanhóis.
O contato com Osvaldinho – que por cinco vezes, recebeu o título de “Cidadão do Samba” – se estreitou durante a turnê de “Lá, Lá Ia”. Por essa razão, pode-se dizer que o novo espetáculo é uma espécie de desdobramento do projeto lançado em CD e DVD no ano passado: em dezembro, os dois estiveram presentes nas tradicionais "Alvorada do samba" e "Roda de samba do Clube Ouro Verde", realizadas na cidade litorânea de Santos.
“Sempre tive certeza de que ele compreenderia a pluralidade do repertório do álbum, que transita por diversos gêneros, mas tem o samba como carro chefe. Osvaldinho soube perceber a naturalidade da mistura, pois conhece toda a tradição do samba rural e urbano de muitas gerações”, avalia Marcia, frisando que o show faz parte de um projeto do Sesc Sorocaba, onde os grupos locais convidam um artista de destaque.
A intérprete explica ainda que, por meio de uma leitura própria, o espetáculo pretende mostrar um painel da evolução deste ritmo no interior paulista, desde o samba dos romeiros de Pirapora do Bom Jesus, ao samba das malocas, da boêmia e das agremiações. Para isso, “além de reunir músicas do nosso repertório, até mesmo inéditas, a ideia é destacar também outros nomes que fizeram história, como, por exemplo, Paulo Vanzolini, Vadico, Adoniran Barbosa e Geraldo Filme”, adianta.
Marcia faz um convite aos espectadores de toda a região. “O Sesc Sorocaba tem possibilitado o encontro entre gerações de artistas, uma oportunidade única para o público local conhecer de perto a obra de grandes ícones da cultura brasileira, como Nelson Sargento e Osvaldinho da Cuíca, mestres que tem seu lugar gravado na história da MPB”, finaliza, reiterando que, para que o espetáculo – originalmente idealizado como parte deste projeto – possa percorrer outras cidades em turnê, o apoio de patrocinadores é necessário. “Cultura é sempre um bom investimento. Reiteramos nosso apelo aos empresários para que nos ajudem a manter viva a memória do samba”, finaliza.
Para conhecer a trajetória e saber como entrar em contato com Marcia Mah, acesse o site www.marciamah.com.br. Na página, você também tem acesso a agenda de shows completa.
Sobre os sambistas
Márcia Mah – Cantora e Compositora
Com 20 anos de carreira, a Bacharel em Filosofia – com formação em canto Lírico e Popular pelo CDMCC – Tatuí – Márcia Mah iniciou sua trajetória como atriz e cantora do Grupo de Intervenção Performática “Olho da Rua”. Atuou como solista em diversos concertos sinfônicos e espetáculos musicais.
O primeiro CD, “Apanhado”, foi gravado em 2000 e reuniu músicas inéditas de artistas da região de Sorocaba. No álbum subseqüente, “Choro Canção”, lançado seis anos mais tarde, ela faz uma releitura de clássicos do choro cantado com o grupo Casa de Marimbondo. Em 2011, grava o seu primeiro DVD, “La Lá Ia”, em que apresenta 12 músicas próprias, onde evidencia a pluralidade da canção brasileira.
Márcia também é a idealizadora do espetáculo musical “Tropas e Canções” apresentado com o Quarteto Pererê. Paralelamente, produziu shows em homenagem a Noel Rosa, Cartola, Dorival Caymmi, Adoniran Barbosa, Carmem Miranda, além de ministrar palestras do projeto de Arte Educação do SESI SP em diversas cidades do estado.
Osvaldinho da Cuíca
Os 70 anos do mestre Osvaldinho da Cuíca não se resumem a homenagens, antologias, saudosismo. A data, comemorada em pleno Carnaval, no desfile da sua Vai-Vai, vem acompanhada de um trabalho vigoroso, instigante, feito ao lado de gente também muito ativa, como os meninos do Quinteto em Branco e Preto e a comunidade do Samba da Vela.
Aliás, talvez nem se deva considerar “Osvaldinho da Cuíca 70 anos” um “trabalho”, na acepção atual do termo, pois, no dia a dia do batuqueiro, o samba – na sua vivência completa de canto, dança, criação e execução – não é nem bem profissão, nem bem lazer. É um gesto da vida. E, como vida, segue em frente, desdobrando e dobrando sua matéria delicada e resistente. Dizer que este disco tem samba tradicional, samba-rural, partido-alto, samba-enredo e samba-rock é semelhante a dizer que um homem anda, fala, dorme e respira. Chamar o resultado de samba paulista é constatar uma fatalidade. Sem preocupação com fazer um tipo ou outro de samba, Osvaldinho cuidou com zelo de como iria fazer. É ali, no detalhe, que seus traços se revelam, sua face ganha cores. Osvaldinho surge inteiro, concreto. Nem velho, nem novo. Vivo.
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