15/3/2011 - Sorocaba - SP
da assessoria
O caixa dos pequenos negócios registrou R$ 24,6 bi de faturamento; mesmo assim, sinal de alerta para próximos meses está ligado.
As micro e pequenas empresas (MPEs) do Estado de São Paulo tiveram crescimento de 9% no faturamento real em janeiro de 2011, em comparação com o mesmo mês do ano anterior, segundo dados da pesquisa Indicadores de Conjuntura. O universo das MPEs faturou um valor estimado de R$ 24,6 bilhões no período.
Este é o melhor resultado para um mês de janeiro, em termos de variação real (descontando a inflação), desde 1998, quando o Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas de São Paulo (Sebrae-SP) começou a fazer o levantamento, e o 16º mês consecutivo de aumento na receita das MPEs, na comparação com o mesmo mês do ano anterior.
No período de 12 meses (jan/11 contra jan/10), o crescimento obtido foi alavancado pelo setor de serviços (+16,7%), seguido do comércio (+6,6%) e indústria (+5,3%). Por regiões, as empresas do interior tiveram o maior aumento registrado: 16,7%. Os resultados para as demais regiões, quanto ao faturamento, foram: Região Metropolitana de São Paulo (+2,6%), Grande ABC (-8,5%) e Município de São Paulo (+8%).
De acordo com o consultor do Sebrae-SP, Pedro João Gonçalves, “o bom resultado das MPEs no período pode ser explicado pelo aumento do consumo no mercado interno – motivado pela melhoria da ocupação e da renda – e pela base de comparação relativamente modesta, uma vez que as MPEs estavam em trajetória de recuperação em janeiro de 2010”.
Na comparação com dezembro de 2010, o faturamento das pequenas empresas registrou queda de 20,7%. O recuo era esperado, em razão das vendas de fim de ano serem beneficiadas, especialmente no comércio, pela injeção de recursos proporcionada pelo pagamento do 13º salário.
Expectativas - A pesquisa também avaliou as expectativas dos empresários para os próximos seis meses. Para 45% dos entrevistados, o faturamento da empresa será mantido nos próximos meses. A parcela dos empresários que esperam melhora no faturamento passou de 34%, em janeiro, para 39%, em fevereiro. Em relação à economia brasileira, 48% dos informantes acreditam na manutenção no nível de atividade e 34% dos empresários acreditam que vai melhorar nos próximos seis meses.
O diretor superintendente do Sebrae-SP, Bruno Caetano, observa que, mesmo com os resultados positivos, “temos que ficar atentos. Há uma tendência de redução no ritmo de crescimento da economia brasileira em 2011, por conta do aumento dos juros básicos (taxa Selic) e redução na oferta de crédito, o que faz acender o sinal amarelo. É hora dos empresários ajustarem seu planejamento e gestão”.
As informações detalhadas sobre as MPEs estão no novo relatório da pesquisa do Sebrae-SP. O estudo - que pode ser conferido na íntegra no site www.sebraesp.com.br - traz as taxas de variação do faturamento real divididas por setores (comércio, indústria e serviços) e regiões (capital, interior, Grande ABC e Região Metropolitana de São Paulo). A pesquisa apresenta também e as expectativas dos pequenos negócios, quanto à evolução do faturamento das MPEs e ao nível de atividade da economia.
A pesquisa Indicadores de Conjuntura é realizada mensalmente pelo Sebrae-SP, com apoio da Fundação Seade. O levantamento é feito junto a 2,7 mil micro e pequenas empresas de todo o Estado, uma amostra que representa 1,3 milhão de MPEs da indústria da transformação, comércio e serviços.
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