20/2/2015 - Sorocaba - SP
da assessoria de imprensa da Prefeitura de Sorocaba
Inventário da fauna e flora, o funcionamento dos ecossistemas, ecologia da comunidade de pequenos mamíferos e avifauna em fragmentos florestais. Essas são algumas das muitas pesquisas científicas em desenvolvimento - ou já desenvolvidas - nos Parque Ecológicos de Sorocaba. Os trabalhos são resultados de parcerias da Secretaria de Meio Ambiente com instituições como a Universidade Paulista (Unip), Universidade de Sorocaba (Uniso), Universidade Federal de São Carlos (Ufscar) e o Instituto Federal de Educação Ciência e Tecnologia de São Paulo.
De todas as parcerias firmadas, cinco estudos envolvem o Parque Natural Municipal Corredores da Biodiversidade e já foram finalizados. Um deles é o de Roberto Tiocci Júnior, que estudou a mastofauna da área, constatando a existência de 12 espécies de mamíferos distribuídas em cinco ordens e sete famílias, totalizando 51 indivíduos registrados. A espécie de mamífero não-voador mais abundante na área pesquisada foi Akodon sp. (ratos). Das espécies de mamíferos voadores, Morcego foi a mais registrada pelo trabalho.
No Parque Municipal Bráulio Guedes, localizado no Jardim Bandeirante, o estudo desenvolvido por Fernando Monteiro Costa, da Unip, foi sobre a caracterização da fauna de pequenos mamíferos terrestres. Com área de 93.760 m², o parque consiste em um fragmento em meio urbano onde a vegetação predominante é de Mata Atlântica. Foram registradas 10 espécies de mamíferos terrestres na área, entre eles: Tatu galinha, Mão pelada - Guaxinim, Cão, Gato, Gambá, Esquilo, Preá, Ratão do banhado, Ouriço e Lebre. O parque apresentou aspectos negativos, como a presença de animais domésticos que podem atuar como predadores das espécies silvestres, tendo um papel direto na extinção local.
As relações entre a assembleia de peixes em riacho e o aporte da matéria orgânica proveniente da decomposição foliar do eucalipto e de espécies nativas. Esse foi o trabalho desenvolvido por Ariane Almeida Vaz, que estudou 8 espécies de peixes do Rio Sorocaba e seus afluentes. Neste caso, as espécies encontradas em maior volume foram: Astyanax altiparanae (Lambari) e Phalloceros reisi (conhecida como barrigudinho).
Dorca Ferreira, da Unip, realizou estudos sobre a avifauna em fragmentos florestais no Parque Natural Municipal Corredores da Biodiversidade. O trabalho identificou 96 espécies, sendo que 16,7% das famílias identificadas pertencem a Tyrannidae (bem-te-vi). “Este estudo permitiu conhecer melhor a comunidade de aves do parque, que se mostra pobre em quantidade de espécies exigentes, mostrando, assim, o quanto a interação avifauna/vegetação é importante”, explica o diretor de Educação Ambiental da Sema, Welber Senteio Smith.
O estudo desenvolvido pelas engenheiras ambientais Jenifer Zava e Thais Peron, da Uniso, teve como foco a “Avaliação de um Plano de Restauração Ecológica, utilizando técnica alométrica em diferentes espécies em um plantio adensado no município de Sorocaba”. Já o trabalho de Gisele Pires Pelizari, da Unip, foi voltado ao estudo da decomposição de folhas arbóreas em um riacho tropical de uma unidade de Conservação Ambiental. Neste caso, o objetivo foi o de acompanhar o processo de decomposição das espécies nativas e exóticas. Foram colocados 48 pacotes de folhas no riacho, que foram retirados após 2, 7, 14, 21, 28 e 60 dias para avaliar o material vegetal remanescente.
Outro estudo, resultado da parceria entre a Prefeitura e Unip, foi desenvolvido por Cleiton Ferreira da Silva. Ele pesquisou a Diversidade de Anfíbios Anuros (rãs, sapos e pererecas) que habitam os cinco parques ecológicos de Sorocaba. Com bolsa da Uniso, o trabalho de Luiz Racca Neto foi sobre a Restauração Florestal do Parque Natural Corredores da Biodiversidade. Neste caso, o objetivo foi o de avaliar e monitorar a fase pós-implantação da restauração florestal naquela área.
A restauração está sendo feita em cinco áreas, sendo que três delas foram escolhidas para o estudo. Os resultados parciais indicaram na área 1 a menor taxa de mortalidade (0,33%) e maior riqueza de espécies (16,67). Já na área 2 foi constatada menor riqueza de espécies (12,67%) e a taxa de mortalidade média é de 1 indivíduo por parcela. A área 3 apresentou maior taxa de mortalidade (1,33) e riqueza de espécies média de 15,67.
Orientador dos pesquisadores, Welber Senteio Smith destaca que esses projetos tanto subsidiam ações educativas desenvolvidas pela Secretaria de Meio Ambiente, como servem para efetivo manejo dos parques. “São estudos importantes que ajudam na identificação da fauna e flora dos nossos parques, no conhecimento dos ecossistemas, contribuem para melhor condução e manejo”, afirma.
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