Quinze personalidades locais, cujas histórias se confundem e se interligam com Sorocaba recebem nesta quarta-feira (13), a partir das 20h, no Teatro Municipal Teotônio Vilela (TMTV), uma homenagem da Prefeitura de Sorocaba.

 

“É o reconhecimento, singelo, humilde, do trabalho que essas pessoas fizeram e fazem por Sorocaba, cada qual a seu jeito, em sua área, mas visando muito além de si”, justificou a secretária da Cultura, Jaqueline Gomes, idealizadora do “Troféu Destaque” e que será entregue ao Adolfo Frioli; Aparecido Garutti (Cido Garoto), Bento Koike; Carlos Carvalho Cavalheiro; Cida Comitre; Floripes Cardozo Curto; Ismenia Rogich; José Franco de Camargo; José Desidério; José Roberto Rosa; Laelso Rodrigues; Oraci Morelli; Milton Marinho Martins; Paraná (Ademir de Barros) e Teófilo Negrão.

 

A homenagem será precedida de uma apresentação especial do Ballet Teatro Mônica Minelli, que apresenta “Acendam os Lampiões”. O espetáculo desenvolvido por dezessete bailarinos nas categorias juvenil e adulto, é composto por coreografias nas mais diversas modalidades da dança – jazz, street, balé clássico, irlandesa e jazz. Pensado para despertar sensações e emoções diversas, o show busca celebrar artisticamente os 360 anos de Sorocaba.

 

 

Fotógrafo, professor, historiador, jornalista, museólogo, ex-diretor do Museu Histórico Sorocabano e organizador do Museu da Estrada de Ferro Sorocabana, Adolfo Frioli é um pesquisador apaixonado pela história de Sorocaba, seja textual, seja iconográfica. É autor de obras relacionadas ao tema e entusiasta divulgador da cultura local. 

 

Aparecido Garutti, mais conhecido como Cido Garoto, é um dos personagens que mais faz pela valorização de uma das músicas símbolos da cidade; o cururu. Repente, desafio trovado ao som de violas, o ritmo entrou na vida de Cido aos vinte anos, quando começou a tocar em bares locais. Na década de 1980, fez parceria com Dito Carrara e se tornaram a dupla mais requisitada da época. 

 

O perfil de cidade industrial que Sorocaba construiu se deve, em parte ao empresário Bento Koike, curitibano que escolheu o município para fundar e instalar a Tecsis. 

 

E quem nunca viu as enormes pás eólicas saindo pela rodovia em direção ao mundo? O gigantismo não se limita ao tamanho do equipamento, mas está, também, no alcance das exportações que levam Sorocaba mundo afora e tornou a Tecsis na segunda maior fabricante deste tipo de equipamento.

 

O professor e historiador Carlos Carvalho Cavalheiro é autor de 17 livros e acaba de ser premiado com o documentário “Em busca do Unhudo” no Mapa Cultural Paulista. 

 

Nasceu em São Paulo, mas escolheu viver em Sorocaba. Em 2013 idealizou a Enciclopédia Sorocabana, uma edição eletrônica com verbetes relacionados ao município.

 

Maria Aparecida Comitre Perez, ou simplesmente, Cida Comitre tem sua vida ligada ao esporte local. Começou como jogadora de basquete, no fim da década de 1950 e, por 38 anos, atuou na Secretaria de Esporte e Lazer (Semes) e ajudou a organizar torneios tradicionais como o Cruzeirinho e Cruzeirão.

 

Seu nome, porém, figura numa modalidade que destacou Sorocaba por inúmeras vezes e a qual ela cuida com amor desde 1986: bicicross. Sua paixão se transferiu à família e fez dois grandes campeões, o filho Ricardo Perez e a neta, Mayara Perez.

 

Desde 2005, Cida Comitre também coordena o projeto social “Integrar Através do Esporte”, atendendo a crianças de 4 a 14 anos. 

 

É uma das lideranças comunitárias mais conhecidas. À frente da entidade “Ação Comunitária Inhayba”, Florípes Cardozo Curto, mantém a luta pela melhoria da qualidade de vida da população. Formada em Serviço Social pela PUC Campinas, atua desde 1954 em favor dos menos favorecidos. 

 

Atuou na Secretaria de Desenvolvimento Social (Sedes) e ajudou a implantar o Departamento de Merenda Escolar. Enquanto colaboradora de uma entidade social, ajudou na implantação do serviço de atendimento ao migrante e homem de rua. Durante cinco anos este à frente do Conselho Estadual de Assistência Social. 

 

Ismênia Rogich tem na dança a sua vida e foi a ela que dedicou mais de meio século, levando o nome de Sorocaba a palcos de todo o mundo. A dançarina integrou um dos mais renomados balés do Brasil, o Stagium e ocupou palcos memoráveis como o Guaíra, de Curitiba, e o Palladium, na capital paulista. Em 93 retorna a Sorocaba para continuar seu caminho na dança e participa da reabertura da Oficina Grande Otelo. Em seu currículo pesam prêmios como de Melhor Bailarina no Curta Dança (1997) e Mapa Cultural Paulista (1995 e 1997).

 

Quando se fala do Mercado Municipal, uma pessoa vem à memória: José Franco de Camargo, o “Zé Franco” que atua no mesmo local desde a inauguração, em 1938.

 

Aos 91 anos é um dos maiores conhecedores de ervas medicinais e auxilia até laboratórios que o procuram. Figura simpática, faz questão de passar todos os dias pelo mercado para conferir de perto como estão as coisas em seu comércio.

 

O radialista José Desidério é responsável por ajudar a contar a história de Sorocaba todos os dias. Com sua voz inconfundível, transformou seu sonho de ser narrador de futebol em realidade quando veio de Conchas, onde nasceu, morar aqui. Fez seu nome nas ondas das rádios Cacique, Vanguarda e Cruzeiro. Desde 1987, atua na rádio Ipanema e considera que o radicalismo não é um trabalho, mas uma satisfação. 

 

José Roberto Rosa é de Pariquera-Açu, mas passou a maior de sua vida aqui. Cidadão Sorocabano, dedica sua vida a um dos maiores projetos humanitários do país, a Pastoral do Menor, desde 1995.

 

Coordenou o Fórum Regional dos Direitos da Criança e do Adolescente e foi membro do Conselho Municipal de Defesa da Criança e do Adolescente (CMDCA). Na Pastoral começou o trabalho de implantação de centros educacionais comunitários em bairros periféricos para atender crianças em vulnerabilidade social. Coordena projetos que atendem a 2 mil crianças e adolescentes em mais de 15 locais.

 

A história de Laelso Rodrigues se confunde com a de Sorocaba do último século. Formado em Contabilidade, atuou em diversas empresas até comprar, na década de 1960 e com outros vinte sócios, o jornal Cruzeiro do Sul. Quatro anos depois, as ações foram doadas para a criação da Fundação Ubaldino do Amaral. Instituição da qual o homenageado é instituidor e figura ativa. Em 1971 se dedicou à industrialização e presidiu o Conselho Municipal de Desenvolvimento Industrial.

 

O empresário Oraci Morelli, fundou a primeira empresa brasileira de peças para ortodontia. Nasceu em Tietê, mas foi em Sorocaba que desenvolveu sua empresa, apostando no desenvolvimento da cidade na década de 80. 

 

Hoje, a Dental Morelli leva o nome se Sorocaba a mais de vinte países em todos os continentes.

 

Milton Marinho Martins nasceu em Tietê, mas tornou-se Cidadão Sorocabano em 2000, agraciado com o título pela Câmara Municipal. Foi professor por 53 anos e por 40 dirigiu a Escola Municipal “Dr. Achilles de Almeida”, unidade que ajudou a fundar e onde deu a aula inaugural. Elegeu-se vereador e ocupou o cargo de secretário da Educação da cidade. Deixou as salas de em 1970, quando se aposentou.

 

Ademir de Barros, mais conhecido como Paraná, é ex-jogador de futebol e foi aqui em Sorocaba que despontou no esporte. Natural de Cambará/PR, jogou pelo São Bento, ganhou vários títulos no São Paulo FC e representou o Brasil na Copa do Mundo da Inglaterra, em 1966. Por onze vezes vestiu a camisa canarinho, sempre levando o nome de Sorocaba. 

 

Teófilo Negrão nasceu em Itapetininga, mas escolheu Sorocaba para viver e ajudar a construir sua história. Seguindo os passos do pai, que há 46 anos abriu a Foto Color Lima Duarte, tornou-se fotógrafo e eterniza, todos os dias, os momentos da cidade. É torcedor apaixonado pelo Esporte Clube São Bento e defensor das tradições sorocabanas.