28/7/2015 - Sorocaba - SP
da assessoria de imprensa da prefeitura de Sorocaba
Os livros que guardam os registros históricos de sepultamentos realizados nos cemitérios municipais têm ajudado muitos sorocabanos que precisam comprovar a hereditariedade para atualização cadastral nos sacrários de Sorocaba. O prazo final é sexta-feira (31) e muitos são os pedidos de pesquisa que chegam ao Centro Cultural “Antonio Fracisco Gaspar”, que funciona no Palacete Scarpa.
Por e-mail, telefone ou pessoalmente, os funcionários recebem pedidos de cidadãos que necessitam pesquisar nomes e datas de parentes que foram sepultados nos cemitérios municipais. O paulistano Renato de Lucca enviou e-mail nesta segunda-feira (27) buscando informações sobre o parente José Augusto Teixeira.
Além da atualização cadastral no cemitério, ele explica que está trabalhando na criação da árvore genealógica da família e descobriu que existem duas pessoas com nome de José Augusto. “Os dados que tenho é que um deles foi sepultado em 31/12/1947 no cemitério da Saudade e é desse que preciso ter informações”, explica.
O livro mais antigo armazena dados de sepultamentos realizados em 1880, no caso do cemitério da Saudade. Já no cemitério da Consolação, o primeiro registro data de 1939, enquanto que, em Aparecidinha, a primeira data é de 1911.
Folhear as páginas envelhecidas dos grandes livros é como uma viagem no tempo. É possível descobrir fatos marcantes na história da cidade como, por exemplo, a causa mortis de várias pessoas durante o período da febre amarela.
Antonia Proença tinha poucos meses de vida quando morreu, em 16 de novembro do ano de 1880. Filha de Ana Angélica e José Antonio Proença, a bebê é o primeiro registro oficial e o mais antigo que consta do livro nº 2 do Cemitério da Saudade. A causa da morte consta apenas como tendo sido de febre.
Chefe da Divisão do Patrimônio Histórico Cultural, Claudia Tavares Ribeiro explica que, além dos registros dos cemitérios, no local encontram-se outros documentos como livros que informam sobre os escravos de Sorocaba e a quem pertenciam na época. Outros livros guardam as atas da Câmara Municipal, desde 1811 até 1926.
Segundo ela, por conta do prazo para regularização das sepulturas, a grande maioria dos pedidos está relacionada aos registros dos cemitérios. “Também recebemos pessoas que vêm pesquisar dados dos antepassados para obtenção de cidadania, regularizar herança ou para montar a história da família”, explica ela.
Claudia afirma que o objetivo de disponibilizar o arquivo histórico de Sorocaba, que funciona no Centro Cultural criado no Palacete Scarpa, também sede da Secretaria da Cultura, foi facilitar e ampliar a procura. “Não adianta ter um acervo se ele não for procurado, não for utilizado. Ele tem de ser ‘vivo’. Daqui saem muitos TCCs, pesquisas e até curiosos que ficam conhecendo um pouco mais da nossa história”, enfatiza.
Uma das regras para acessar os documentos é utilizar luvas e máscaras. Além disso, as pessoas só podem fotografar sem flash os livros dos cemitérios.
Os historiadores e pesquisadores interessados em ter acesso ao Arquivo Histórico de Sorocaba podem fazer o agendamento pelos telefones (15) 3211.2911 e 3211.2902. Para ter acesso aos livros dos cemitérios, não precisa fazer agendamento. Basta comparecer ao Palacete Scarpa, que fica na Rua Souza Pereira, 448, de segunda a sexta-feira, das 8h às 16h30.
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