28/1/2016 - Sorocaba - SP
da assessoria de imprensa da prefeitura de Sorocaba
Iniciativa é complementar às ações de combate ao mosquito transmissor da dengue e das febres chikungunya e zika. Mas, o principal método continua sendo a eliminação de criadouros pelo dono do imóvel
Em média, todo mês, 300 litros de veneno têm sido utilizados pelas equipes de nebulização da Divisão de Zoonoses da Secretaria da Saúde (SES) do Sorocaba, nas ações para combater o mosquito Aedes aegypti, transmissor da dengue e das febres chikungunya e zika. A quantia tem como base a quantidade total utilizada pelos agentes de vigilância em 2015, que totalizou 3.610 litros. Isso, sem contar os larvicidas à base de outras substâncias e usados especificamente para combater as larvas do Aedes.
O inseticida utilizado nas nebulizações é o Malathion diluído em água, conforme recomendação do Ministério da Saúde, que o considera eficaz no controle do Aedes e costuma distribui-lo aos municípios e Estados para essa finalidade. O produto não tem odor forte, em comparação com outros tipos de venenos, não tem risco de incêndio e seu teor de impurezas é extremamente baixo.
“O seu uso é bem eficiente, mas o principal método de combate ao mosquito continua sendo a eliminação de possíveis criadouros e que deve ser feita semanalmente pelo proprietário dos imóveis”, destaca Rafael Reinoso, diretor da Área de Vigilância em Saúde da SES.
Nas visitas de casa em casa a aplicação do veneno é feita por meio de nebulizador costal motorizado. Outro procedimento adotado é a nebulização embarcada, onde o equipamento é montado na carroceria de uma caminhonete que passa pelas ruas aspergindo a substância. “A nebulização embarcada foi muito usada no primeiro semestre de 2015, devido à epidemia da dengue. No segundo semestre e atualmente, o método usado é a costal”, explica Thais Buti, médica veterinária da Divisão de Zoonoses da SES.
Ao todo, são quatro equipes de nebulização na cidade cada uma com dois aparelhos costais, realizando o trabalho diariamente em regiões pré-determinadas, atualmente, com base na incidência de casos positivos ou suspeitos de ao menos uma dessas três doenças. Nesta semana, a aplicação de veneno dentro dos imóveis, caso as condições climáticas favoreçam, ocorrem no Jardim Maria do Carmo, Trujillo, Jardim Boa Esperança e Nova Sorocaba.
Cuidados
Para a utilização do produto, os agentes de saúde da SES, além de passarem por treinamento específico, são obrigados a usar Equipamentos de Proteção Individual (EPIs): luvas, roupa protetora, máscara e botas que evitam o contato e exposição permanente com o produto. Durante a ação, dicas e cuidados também são repassados aos munícipes, a fim desse evitar problemas decorrentes da exposição ao veneno.
Em geral, durante a nebulização, ninguém deve permanecer dentro do imóvel – pessoas ou animais domésticos – e as portas e janelas da casa devem permanecer abertas para promover a aeração dos ambientes. “Além destas, as dúvidas mais comuns dos munícipes são quanto ao tempo para que o morador volte a entrar no imóvel, que é, em média, 30 minutos. O prazo é suficiente para a dissipação do veneno, sem que ofereça risco de saúde dos moradores. E quanto a deixar alimentos expostos, isso não é recomendado”, conta o agente de vigilância sanitária, Fernando do Nascimento.
Moradora no Jardim Botucatu há 24 anos, a dona de casa Jocelina Rolim de Oliveira, 51 anos, fez questão de tirar a família de casa e o seu cachorro Hulk para que a nebulização fosse feita, na manhã desta quarta-feira (27). “É um ótimo serviço e todos têm que colaborar. Tem muito pernilongo aqui no bairro, ainda mais em época de calor.” Revelou que também adota cuidados para evitar a formação de criadouros do Aedes em casa: “Está sempre limpinha, pois são nove pessoas que residem aqui e ninguém nunca pegou dengue”, revela.
Larvicidas e mais orientações
A nebulização é uma ação complementar, realizada posteriormente aos arrastões e quando as equipes de Zoonoses identificam e promovem a retirada dos possíveis criadouros de larvas do mosquito. “Primeiro é usado larvicida, que é aplicado em pontos que costumam acumular água e são de difícil remoção, depois é feita a nebulização”, detalha a médica veterinária.
Em 2015, a Divisão de Zoonoses utilizou 46 quilos de larvicidas Sumilarv e Vectobac durante as ações. “Eles rendem muito bem, uma pequena quantidade é suficiente para evitar a proliferação das larvas. A maior quantidade foi utilizada no segundo semestre de 2015, nas visitas de casa em casa e grandes propriedades. A situação se repete agora, neste início de 2016”, acrescenta Thaís.
Biólogo da Divisão de Zoonoses da SES, João Ricardo Pereira Ennser, completa que além dos bloqueios e nebulizações também são feitas visitas em pontos estratégicos e imóveis especiais, além de apuradas denúncias recebidas via telefone 156 ou Central de Atendimento (www.sorocaba.sp.gov.br/atendimento). Aproveita ainda para pedir ao sorocabano que faça a vistoria semanal na sua casa, para evitar a formação de criadouros. O objetivo principal é controlar a população de Aedes e tentar evitar uma nova epidemia de dengue na cidade e aumento do número de casos de zika e chikungunya.
Sobre a Dogus Comunicação | Política de Privacidade | Receba Novidades | Acesse pelo Celular
Melhor Visualizado em 1200x900 - © Copyright 2007 - 2024, Dogus Comunicação. Todos os direitos reservados.