17/3/2016 - Sorocaba - SP
da assessoria de imprensa da prefeitura de Sorocaba
Desde o início do ano, 105 casos de dengue foram registrados em Sorocaba. Considerando também as dez primeiras semanas no ano, em 2015 o município já tinha contabilizado 28.364 casos. Ou seja, a média de ocorrências semanais, que era de 2.826, caiu para 10, informa a Secretaria da Saúde (SES) de Sorocaba. Embora ainda seja cedo para baixar a guarda, os dados sinalizam que Sorocaba está conseguindo vencer a guerra contra o mosquito Aedes aegypti – também transmissor da zika e chinkungunya.
“O aumento de casos ainda ocorre, mas dentro de uma linha segura. Comprova que as ações permanentes adotadas pelo poder público, mais o apoio de grande parte da população, estão sendo determinantes. Porém, estamos na época de pico de casos e ainda não podemos dizer que estamos livres de uma epidemia este ano. As estatísticas mostram que até maio é período de proliferação da doença e uma vacilada qualquer pode pôr a perder tudo aquilo que já foi feito”, alerta o secretário da Saúde, Francisco Antonio Fernandes, que nesta quarta-feira (16) apresentou dados atualizados sobre a doença, durante entrevista coletiva à imprensa, no auditório da Biblioteca Municipal “Jorge Guilherme Senger”.
De 5 de julho de 2015 até o último dia 12 de março – Ano-Dengue 2015/2016 -, Sorocaba contabiliza 142 casos de dengue (84 autóctones e 58 importados), o que representa uma incidência de 22 casos para cada 100 mil habitantes. Em comparação com o mesmo período anterior – Ano-Dengue 2014/2015 – foram 29.662 casos positivos (29.432 autóctones e 232 importados), o que representava 4.655 ocorrências por 100 mil habitantes. Também não há, atualmente, registro de mortes devido à dengue, sendo que no período anterior foram 37 óbitos.
O número de notificações de casos no atual Ano-Dengue é de 5.502, contra 34.910 no período anterior. Enquanto agora os casos confirmados representam apenas 2,6% do total notificado, no ano passado esse índice era de 84,97%. “Viramos a balança. Essa porcentagem mostra que a identificação de casos suspeitos e a sua notificação imediata à rede de saúde, para que sejam promovidas ações de bloqueio e contenção da doença, têm sido fundamentais para conter a proliferação de ocorrências positivas”, frisa.
Todas as regiões da cidade apresentam confirmação de casos de dengue, mas aquela com maior número de casos continua sendo a Noroeste, com 25 ocorrências, e que engloba a área de atuação das Unidades Básicas de Saúde (UBSs) Vila Barão (6 casos), Lopes de Oliveira (6), São Guilherme (4), Maria Eugênia (2) e Novas Esperança (2) e Parque São Bento (5). Se houver confirmação de mais um caso positivo, essa região, especificamente, entrará em situação de alerta inter-epidêmico.
“Não é à toa que as ações educativas da Divisão de Zoonoses da SES, bem como os arrastões para remoção de criadouros nas residências, têm priorizado essa população. Estamos conseguindo driblar o avanço da doença de forma exemplar, apesar das toneladas de criadouros que têm sido retiradas toda semana de dentro das casas”, ressalta Francisco. Na última sexta-feira (11), a SES retirou, mediante autorização judicial, 1,7 tonelada de resíduos de dentro de uma propriedade na Rua Rio de Janeiro, no Centro, pois havia risco de comprometimento à saúde pública.
Chikungunya, zika e microcefalia
Quanto à febre chikungunya, desde julho de 2015 Sorocaba contabiliza 12 casos, sendo 07 confirmados por exame laboratorial e 05 pelo critério clínico-epidemiológico; todos importados. Isto é, um a mais que no último boletim epidemiológico, divulgado em 24 de fevereiro deste ano. Ainda há 14 ocorrências suspeitas, que estão em investigação.
Em relação à Zika, o município permanece com 06 casos importados: dois confirmados laboratorialmente e 04 por critério clínico-epidemiológico. Ainda há 24 que estão em investigação e mais 05 gestantes que apresentaram erupções pelo corpo e, por esse motivo, foram colhidas amostras de sangue e urina para pesquisa da presença do vírus.
A SES continua com o acompanhamento da gestante cujo bebê está com suspeita de microcefalia. O nascimento está previsto para abril e a recomendação é aguardá-lo para, então, confirmar ou não a anomalia e a possível relação com infecção por vírus zika. Houve a notificação de outros dois casos de microcefalia em recém-nascidos, sob investigação, mas que as mães não apresentaram erupções cutâneas na gestação e não têm histórico de deslocamento para áreas de risco.
Em contrapartida, a SES descartou uma suspeita de zika em recém-nascido cuja mãe esteve no Rio Grande do Norte na 23ª semana de gestação, uma vez que o resultado dos exames deu negativo.
Mais ações preventivas
A Divisão de Zoonoses da SES conta hoje com 85 agentes de vetores e, até o final do mês, receberá o reforço de mais 60, contratados mediante concurso público. A partir do dia 21 de março, eles serão submetidos a 40 horas de treinamento e, na sequência, estarão aptos para os trabalhos em campo, como visitas em domicílios.
“O município receberá subsídio federal para custear 90% dessa mão de obra e o trabalho deles será muito importante no decorrer do ano, sobretudo no período pós-epidêmico, nas ações preventivas para 2017”, aponta o secretário da Saúde. Diante do quadro atual de dengue, a Prefeitura não vai formalizar contrato com a empresa selecionada via licitação, para fornecimento de mais 90 agentes de combate às endemias, conforme inicialmente cogitado.
As ações de bloqueio prosseguem no dia a dia e esta semana estão programadas para ocorrer em imóveis no Parque São Bento, J.S. Carvalho, Vila Leopoldina, Vila Santana, Cidade Jardim, Luciana Maria, Barcelona, Jardim São Conrado e Vila Fiori. Já as nebulizações estão previstas para acontecer na Vila Fiori, Jardim São Conrado e Centro. “As ações do tipo nos finais de semana, como parte da campanha estadual ‘Todos juntos contra o Aedes aegypti’, prosseguebm até o dia 30 de abril, a contemplar as regiões mais críticas”, adianta o diretor da Área de Vigilância em Saúde da SES, Rafael Reinoso.
A SES mantém a orientação à população para hidratar-se bem em caso de suspeita de contágio e procurar ajuda o mais rápido possível nos postos de saúde. “O bloqueio é a melhor forma de evitar o alastramento da dengue, chikungunya e zika.”, finaliza Francisco Fernandes.
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