18/5/2015 - Sorocaba - SP

Sorocaba sai na frente e lança Campanha do Agasalho 2015

da assessoria de imprensa da prefeitura de Sorocaba

Com a presença de representantes de empresas parceiras e de instituições assistenciais da cidade, a presidente do Fundo Social de Solidariedade de Sorocaba (FSS), Maria Inês Moron Pannunzio, oficializou o início da Campanha do Agasalho 2015. Numa solenidade no Carrefour Esplanada, na noite desta quinta-feira (14), Maria Inês explicou aos presentes como será a arrecadação de agasalhos desta edição, na qual estão sendo pedidas doações de peças novas.

O conceito, conforme disse, se baseia principalmente no respeito com o qual as pessoas menos favorecidas devem ser tratadas. Num segundo momento, o grande volume de peças sem condições de uso que as entidades recebem e que exige um trabalho moroso e difícil de separação do material, também contribuiu para com a mudança. A presidente do Fundo Social considera imprescindível romper com a ideia de que o anonimato e a dissociação emocional com aqueles que receberão os agasalhos permite a doação de qualquer coisa.

Maria Inês reiterou sua postura totalmente a favor da sustentabilidade e do reaproveitamento de materiais, inclusive de roupas. Disse que as peças usadas e não mais queridas podem ser compartilhadas com amigos, vizinhos e com familiares, atribuindo a essa relação um cuidado com o qual, na maioria das vezes, as pessoas não têm quando doam para uma campanha massiva. “Quando a pessoas sabe para quem vai dar, ele tem o cuidado de lavar de pregar um botão que falta, de não dar nada ruim”, justificou.

A vice-prefeita e secretária de Desenvolvimento Social, Edith Di Giorgi, foi ainda mais enfática. Para ela, que considerou arrojada e corajosa a postura de Maria Inês, é preciso romper com os modelos sociais de perpetuação das desigualdades, da discriminação e segregação. Edith considera que para quem está numa condição social mais favorável receber uma peça usada de uma pessoa com a qual haja algum tipo de vínculo é muito diferente do que acontece com aqueles que não conhecemos. “Temos que considerar que, historicamente, esses grupos são discriminados, humilhados, e não podemos, numa ação como esta, discriminar de novo”, acentuou. Para a vice-prefeita, é preciso que se entenda que contribuir com a campanha do agasalho não é dar esmola, mas é respeitar a condição do outro, reconhece-lo como irmão.

Cobertores

Neste ano a dinâmica da arrecadação também será outra. Vários estabelecimentos manterão postos de coleta de roupas novas, por meio das caixas que serão enviadas pelo Fundo Social de Solidariedade do Estado de São Paulo, a partir do próximo dia 22, quando a campanha será lançada na capital. 

Mesmo crendo que haverá uma queda no volume de material arrecadado, Maria Inês Pannunzio disse acreditar na solidariedade dos sorocabanos e espera que a causa da campanha do agasalho seja abraçada pela comunidade local. “Não estamos pedindo nada caro. Há peças acessíveis e de boa qualidade. Precisamos assumir nossa parte, pois pobreza não se trata com pobreza”, enfatizou.

Além de vestuário, também podem ser doados cobertores novos. As doações também podem ser feitas em dinheiro, diretamente na conta corrente 18.000-9, da agência 2923-8 do Banco do Brasil. Em 2014, com o resultado da contribuição popular foram adquiridos 3.120 cobertores. Neste ano, segundo levantamento realizado junto às instituições assistenciais, serão necessárias mais de cinco mil peças. “Precisamos da ajuda das pessoas para tornar menos penoso o inverno de quem precisa”, pediu. A arrecadação de agasalhos e a compra de cobertores atenderam a 97 entidades no ano passado.

As doações em espécie podem ser feitas a partir de R$ 5,00. Cada cobertor custa R$ 12,00 e quem desejar pode doar o equivalente. Mas, não há limite máximo de valores. Além das cobertas, a presidente do FSS espera, também, poder comprar agasalhos para doação.